Programa: PRR Plano de Recuperação e Resiliência
Tipologia da Operação: C5.Capitalização e Inovação Empresarial
Nº Aviso: 19/C05-i03/2022 Projetos I&D+I - Transição Agroenergética
Setores: Agrícola
Localização: Beiras e Serra da Estrela e Região do Oeste
Tipo de Financiamento: Fundo Perdido
Investimento Elegível(€): 990 454,37€
Incentivo Aprovado(€): 990 454,37€
Taxa de Financiamento: 100%
Acrónimo: FruitPV
Designação do Projeto: Green&Smart Energy Orchards
Duração: 33 meses
Data Início: 01-01-2023
Data Fim: 30-09-2025
Data Termo da Operação: 30-03-2026
SOBRE O PROJETO
Beneficiários
INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
IPL - Instituto Politécnico de Leiria
APMA - Associação dos Produtores da Maça de Alcobaça
AKUO RENOVÁVEIS PORTUGAL II, Lda.
CERFUNDÃO - Embalamento e Comercialização de Cereja da Cova da Beira, Lda.
CEREJORANGE - Sociedade Agrícola, Lda.
SEMENTEVAL, Lda.
COOPERFRUTAS - Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas de Alcobaça, C.R.L.
CAMPOTEC - Comercialização e Consultadoria em Hortofrutícolas, S.A.
Entidade Coordenadora
CENTRO OPERATIVO E TECNOLÓGICO HORTOFRUTÍCOLA NACIONAL
Objetivos
Focado na viabilidade a grande escala e em diferentes tipos de culturas, como a frutícola e hortícola e em regiões das Beiras e Serra da Estrela e Região do Oeste, o projeto irá desenvolver-se num conjunto de objetivos, a saber:
Desenvolver e instalar vários modelos AE sobre um pomar moderno de macieiras, que permita:
(i) analisar o efeito da colocação de diferentes modelos AE sobre o pomar;
(ii) analisar os efeitos agronómicos resultantes dos modelos AE instalados;
(iii) estudar uma nova arquitetura de pomar que potencie os benefícios da cobertura com FV na produção agrícola e energética nacional
Otimizar sistemas, através de simulações de softwares desenvolvidos e avaliações locais através sensorização instalada, com o objetivo de melhorar a confiabilidade, robustez e facilidade de operação e manutenção do sistema, resultando em maiores rendimentos
Avaliar a adaptação dos modelos em estudo a diferentes espécies conduzidas em linhas (fruteiras, hortícolas), localizações geográficas e respetivas condições edafoclimáticas
Preparar um caderno de especificações e encargos (legais, socioeconómicos, tecnológicos e ambientais) para a constituição de CERs ou de ACCs, no âmbito de instalações agroenergéticas e de outras atividades do setor agrícola e agroindustrial
Oferecer ao mercado propostas quantificadas para o modelo de FruitPV, com base na produção e eficiência energética, desempenho fisiológico das plantas (fixação de carbono, fluorescência da clorofila a, Non Photochemical Quenching, eficiência do uso de água e da luz, etc.) e qualidade da fruta (ex. % fruta comercializável, nível de coloração, taxa de crescimento, grau brix, etc.), bem como propostas para redução da dependência de combustíveis fosseis na atividade agroindustrial através do uso da tecnologia fotovoltaica;
Alcançar os mais altos níveis de aceitação social envolvendo todos os principais interessados – agricultores, associações de agricultores, autoridades públicas, empresas de desenvolvimento das estruturas agroenergéticas, entre outras entidades chave.
Breve Enquadramento
Enquadrado na iniciativa emblemática "Transição Agroenergética" da Agenda de Investigação e Inovação para a Sustentabilidade da Agricultura, Alimentação e Agroindústria o projeto FruitPV apresenta-se como uma alternativa inovadora face às produções convencionais e com um impacto potencial muito relevante na competitividade e resiliência das explorações agrícolas que assim alargam a sua funcionalidade e reduzem, eliminam ou invertem a sua pegada de carbono, através um de modelo de produção mais ecológico e sustentável.
Com o conhecimento e experiência que aporta às diferentes vertentes envoltas do desenvolvimento agroenergético, a iniciativa FruitPV propõem-se a realizar um conjunto de atividades de I&D+I com o intuito de estudar, otimizar e validar modelos para implementação futura, num panorama industrial e comercial de projetos AEs resilientes e sustentáveis, a diferentes níveis e aos quais acresce a proposta de constituição de Comunidades de Energia Renovável (CER). É expectável que, assim criadas, as CER beneficiem a descarbonização, independência e descentralização energética, resultando na criação de novas cadeias de valor na agricultura e energia.